A cidade de Serrita, no Sertão de Pernambuco, se prepara para viver mais uma edição de um dos eventos mais simbólicos da cultura nordestina: a Missa do Vaqueiro, que em 2025 chega à sua 55ª edição. A celebração, marcada para o dia 27 de julho, homenageia Raimundo Jacó, vaqueiro que foi assassinado de forma trágica e que se tornou símbolo da luta e da devoção do homem sertanejo.
O evento será realizado no Parque João Câncio, espaço tradicional da festa, e contará com a presença de dois padres celebrantes: Antônio Maria e Pedro Sérgio. A programação começa às 8h, com o show “Cantando Gonzaga”, seguido do tradicional Desfile dos Vaqueiros às 9h, e a missa propriamente dita, marcada para as 10h.
A Missa do Vaqueiro reúne vaqueiros montados em seus cavalos, vestidos com seus gibões de couro, em um cenário que une fé, tradição e resistência cultural. É uma cerimônia religiosa, mas também um momento de afirmação da identidade sertaneja, com forte presença de música nordestina, espiritualidade e homenagens ao vaqueiro como guardião do sertão.
Criada por Padre João Câncio, em parceria com o poeta Pedro Bandeira e com apoio do então vivo Luiz Gonzaga, a missa surgiu como forma de dar visibilidade à história de Raimundo Jacó — primo de Gonzaga — e celebrar a figura do vaqueiro, símbolo da força e da coragem do homem do campo.
Mais do que uma celebração, a Missa do Vaqueiro se consolidou como um patrimônio imaterial do povo nordestino, atraindo pessoas de diversos estados e promovendo um encontro entre fé, cultura popular e resistência social. Este ano, a expectativa é de mais uma edição histórica, emocionante e repleta de significados para o sertão brasileiro.
Redação TRIBUNA LIVRE CARIRI
Com Cristiano Andrade
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