Após seis longos anos e uma ordem judicial, a Prefeitura de Caririaçu finalmente decidiu distribuir fardamentos e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para os agentes de saúde. No entanto, a medida não foi estendida aos agentes de endemias, provocando uma onda de revolta e indignação entre esses profissionais.
A decisão da prefeitura, além de ser tardia, revela um claro descaso com a classe dos agentes comunitários de saúde e endemias. Enquanto a saúde pública deveria ser uma prioridade inegociável, o prefeito e sua gestão parecem ter relegado esses profissionais ao esquecimento, demonstrando falta de compromisso com o bem-estar da população.
Os agentes de endemias desempenham um papel crucial na prevenção e controle de doenças transmissíveis, como dengue, zika, chikungunya e outras enfermidades que representam sérios riscos à saúde pública. Sua atuação é fundamental para garantir a segurança sanitária da comunidade, e privá-los dos recursos necessários para realizar seu trabalho de forma eficaz é irresponsável e inaceitável.
A omissão da prefeitura em fornecer os fardamentos e EPIs adequados aos agentes de endemias não apenas coloca em risco a saúde e segurança desses profissionais, mas também compromete a eficácia das ações de combate às doenças transmissíveis no município.
É lamentável que em um momento tão crítico, no qual a pandemia de COVID-19 expôs as fragilidades do sistema de saúde, a administração municipal de Caririaçu demonstre tão pouco interesse em proteger aqueles que estão na linha de frente da batalha pela saúde pública.
Espera-se que a prefeitura reavalie sua postura e tome medidas imediatas para corrigir essa injustiça, garantindo que todos os agentes de saúde, incluindo os agentes de endemias, recebam os recursos necessários para desempenhar seu trabalho de forma segura e eficiente. A saúde da população não pode ser comprometida por negligência ou falta de compromisso político.
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