Doença foi detectada em uma propriedade com criação de subsistência em Quixeramobim.
O Ceará registrou o primeiro foco de gripe aviária em aves de uma propriedade com criação de subsistência, ou seja, apenas para consumo do próprio criador, no município de Quixeramobim, no Sertão Central do Estado.
De acordo com a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (Adagri), a confirmação ocorreu na quinta-feira (17), após o resultado da análise das amostras enviadas no dia 8 de julho ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuário (LFDA), em Campinas (SP).
Segundo a Adagri, na sexta-feira (18) o órgão já iniciou as ações previstas no Plano Nacional de Contingência de Influenza Aviária, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), com interdição da propriedade e eutanásia das aves seguindo o protocolo de saneamento da criação, conforme previsto no Plano.
O órgão informou ainda que está conduzindo uma investigação complementar, em raio inicial de 10 quilômetros da área de ocorrência do foco, e de possíveis vínculos com outras propriedades.
"A Agência reforça que o consumo de carne de aves e ovos armazenados em casa ou em pontos de venda é seguro, já que a doença não é transmitida por meio do consumo. Portanto, a população pode se ficar assegurada de que não há nenhuma restrição quanto ao consumo", disse a Adagri.
O Ceará já havia investigado este ano um caso suspeito em uma criação de subsistência em Salitre, que foi descartado.
Gripe aviária
A Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1) é um subtipo do vírus Influenza que atinge, predominantemente, as aves. Os vírus Influenza são divididos entre os de Baixa Patogenicidade (LPAI, leve) e os de Alta Patogenicidade (HPAI, grave).
Desde que a H5N1 chegou ao Brasil, em 15 de maio de 2023, o país investigou quase 3 mil casos suspeitos de Síndrome Respiratória e Nervosa em aves.
Somente em maio deste ano foi detectado o primeiro caso de gripe aviária em uma granja comercial, no Rio Grande do Sul.
Fonte: Lena Sena G1
Um homem foi denunciado pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) por estupro de uma mulher alcoolizada, em praça pública, à luz do dia, no Município de São Benedito (a cerca de 320 km de distância de Fortaleza), no Interior do Ceará.
O MPCE ofereceu a denúncia contra José Almeida da Silva por estupro de vulnerável - em razão do estado de embriaguez da vítima - na última quarta-feira (16). O acusado está preso, desde o dia do crime, ocorrido há um mês (18 de junho deste ano).
Conforme o MPCE, "a conduta do denunciado foi registrada em vídeo que circulou nas redes sociais, motivando o acionamento da Polícia Militar. O denunciado e a vítima foram localizados próximo ao local dos fatos e ambos apresentavam sinais de terem ingerido bebida alcoólica".
"O MP do Ceará denunciou o homem por estupro de vulnerável, uma vez que em razão de seu estado de embriaguez, a vítima não pôde oferecer qualquer resistência e impedir a ação do denunciado", completou o Órgão Acusatório.
A denúncia da 2ª Promotoria de Justiça de São Benedito será apreciada pela Justiça Estadual. Se a acusação for recebida, José da Silva vira réu pelo crime e começa a instrução do processo criminal.
Ministro do STF proibiu ex-presidente de falar com autoridades estrangeiras e o obrigou a usar tornozeleira eletrônica. Para magistrado, Bolsonaro e o filho, Eduardo, atentam contra a soberania nacional para "interferir no curso de processos judiciais, desestabilizar a economia do Brasil e pressionar o Poder Judiciário".
Por César Tralli, Camila da Silva, Nayara Felizardo, g1, TV Globo e GloboNews — São Paulo
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) afirmou, ao impor medidas restritivas a Jair Bolsonaro (PL) e autorizar as buscas desta sexta-feira (18), que o ex-presidente confessou uma tentativa de extorsão contra a Justiça brasileira ao condicionar o fim do tarifaço de Donald Trump à própria anistia.
Em 9 de julho, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras, alegando que Bolsonaro sofria uma "caça às bruxas" e fazendo ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Depois da medida, Bolsonaro começou a fazer manifestações associando a retirada dessas tarifas à anistia. No domingo (13), ele afirmou que não se alegrava com o tarifaço, e que com a anistia haveria "paz para a economia". Na quinta (17), afirmou: "Vamos supor que Trump queira anistia. É muito? É muito, se ele pedir isso aí? A anistia é algo privativo do parlamento. Não tem que ninguém ficar ameaçando tornar inconstitucional", disse.
Para o ministro, Bolsonaro pode ter cometido os crimes de coação no curso do processo, obstrução de investigação que envolve organização criminosa e atentado à soberania nacional (entenda o que são esses crimes).
"A conduta do réu JAIR MESSIAS BOLSONARO [...] é tão grave e despudorada que na data de hoje (17/7/2025), em entrevista coletiva, sem qualquer respeito à Soberania Nacional do Povo brasileiro, à Constituição Federal e à independência do Poder Judiciário, expressamente, confessou sua consciente e voluntária atuação criminosa na extorsão que se pretende contra a Justiça brasileira, CONDICIONANDO O FIM DA “TAXAÇÃO/SANÇÃO” À SUA PRÓPRIA ANISTIA", escreveu Moraes.
Moraes: Bolsonaro e Eduardo atentam contra a soberania nacional
Na mesma decisão, Moraes aponta que a “intenção criminosa” do ex-presidente é “patente e escancarada” e afirma que as ações se intensificaram após, na segunda-feira (14), a procuradoria-Geral da República (PGR) entregar as alegações finais e pedir a condenação de Bolsonaro no inquérito da tentativa de golpe.
A PGR considerou que a "concreta possibilidade de fuga" do ex-presidente. A procuradoria solicitou, então, ao STF a adoção urgente de medidas cautelares para garantir o andamento da ação penal. O pedido foi acatado por Moraes.
Segundo o ministro, Bolsonaro estimulou a atuação do governo dos Estados Unidos contra autoridades brasileiras, como parte de uma estratégia para pressionar o Supremo obstruir o inquérito do golpe.
Para o magistrado, Bolsonaro, em conjunto com o filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos, cometem "atentados à soberania nacional" com o objetivo de interferir em processos judiciais, desestabilizar a economia e pressionar o Poder Judiciário, em especial o STF.
Na decisão, Moraes destacou o auxílio financeiro que Bolsonaro mandou para Eduardo, quando ele já estava nos Estados Unidos. Em depoimento no inquérito da trama golpista, Bolsonaro admitiu ter repassado R$ 2 milhões via PIX para o filho, em 13 de maio de 2025.
"A Procuradoria-Geral da República (PGR) considerou que esta vultosa contribuição financeira é um forte indício do alinhamento do réu JAIR MESSIAS BOLSONARO com o seu filho", disse o ministro.
PF acha na casa de Bolsonaro cópia de ação contra Moraes nos EUA
Moraes proibiu Bolsonaro de falar com autoridades estrangeiras, de se aproximar ou entrar em embaixadas ou consulados de outros países e de usar as redes sociais.
Moraes determinou, ainda, que o ex-presidente use tornozeleira eletrônica e o proibiu de sair de casa entre as 19h e as 6h e aos finais de semana.
Além disso, autorizou buscas contra o ex-presidente. Na casa dele, foi apreendida a petição inicial de uma ação que a plataforma de vídeos Rumble move contra o ministro do STF. A plataforma acusa Moraes de censura e pede que ordens do juiz brasileiro para derrubada de contas de usuários da plataforma não tenham efeito legal nos Estados Unidos.
O processo que o Rumble apresentou à Justiça dos Estados Unidos contra Moraes, em fevereiro, foi aberto em conjunto com o grupo de comunicação Trump Media & Technology Group, do presidente dos EUA, Donald Trump.
O que diz Bolsonaro
Em entrevista após colocar a tornozeleira eletrônica, Bolsonaro disse que investigação contra ele é política e "suprema humilhação". E negou que pense em sair do país ou se refugiar em alguma embaixada (convenções internacionais restringem a possibilidade de prisão nesses locais)
“Nunca pensei em sair do Brasil ou ir para embaixada”, afirmou o ex-presidente, em reação às proibições impostas a ele.
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Tiago Gadelha/SVM |