A data celebra o direito de todos os profissionais da mídia de investigar e publicar informações de forma livre.
Informação é poder, e por isso a tentativa de controlar os meios de comunicação sempre existiu e se chama censura. A Censura é o contrário da Liberdade de Imprensa, e é comum nos regimes ditatoriais não democráticos. Mas a luta pela liberdade de imprensa é constante, porque mesmo nos regimes democráticos a censura pode aparecer, de variadas maneiras.
Historicamente foram cometidos muitos crimes contra a liberdade de imprensa, principalmente durante a Ditadura Militar no Brasil.
Origem do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa
O Dia Mundial da Liberdade de Imprensa foi criado pela UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura através da Decisão A/DEC/48/432 de 1993.
A data foi criada para alertar sobre as impunidades cometidas contra centenas de jornalistas que são torturados ou assassinados como consequência de perseguições por informações apuradas e publicadas por estes profissionais.
O dia 3 de maio serve como um lembrete aos governos sobre a necessidade de respeitar seu compromisso com a liberdade de imprensa e também é um dia de reflexão entre os profissionais da mídia sobre questões de liberdade de imprensa e ética profissional. Igualmente importante, o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa é um dia de apoio à mídia que é alvo da restrição ou abolição da liberdade de imprensa. É também um dia de memória para os jornalistas que perderam a vida na busca por uma história.
Este ano, a comemoração global do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa se concentrará na profunda influência da Inteligência Artificial (IA) no jornalismo e na mídia, sob o tema: Reportagem no Admirável Mundo Novo – O Impacto da Inteligência Artificial na Liberdade de Imprensa e na Mídia.
A IA está transformando o jornalismo, fornecendo ferramentas que aprimoram o jornalismo investigativo, a criação de conteúdo e a verificação de fatos. Ela permite maior eficiência, acessibilidade multilíngue e melhor análise de dados. No entanto, esses avanços também trazem riscos: desinformação e informações enganosas geradas pela IA, tecnologia deepfake, moderação tendenciosa de conteúdo e ameaças de vigilância a jornalistas. Além disso, o papel da IA no modelo de negócios da mídia levanta preocupações sobre a remuneração justa do conteúdo jornalístico e a viabilidade da mídia.
O evento explorará essas questões complexas, reunindo jornalistas, formuladores de políticas, profissionais da mídia e atores da sociedade civil para garantir que a IA fortaleça, em vez de minar, a liberdade de imprensa e os valores democráticos.
Os principais jornais brasileiros participam, no sábado (3), de duas campanhas alusivas ao Dia Mundial da Liberdade de Imprensa. Viabilizada pela AMI – Associação Colombiana de Meios de Informação, a primeira iniciativa destaca que, infelizmente, 70% dos governos em todo o planeta impõem restrições à prática jornalística. A campanha tem o apoio da Associação Nacional de Jornais (ANJ), de entidades latino-americanas, da World Association of Newspapers and News Publishers (WAN-IFRA) e da Sociedade Interamericana da Imprensa (SIP, na sigla em espanhol). A segunda mobilização envolve peças produzidas pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), cujo tema central chama a atenção para fato de que “sem jornalismo, a realidade fica incompleta”.
As campanhas contam com anúncios impressos, digitais, redes sociais e vídeos. “Essa é uma data para não ser esquecida jamais. A liberdade de expressão é a base da liberdade de imprensa, que é o direito de a sociedade ser informada livremente, muito antes de ser uma liberdade para a imprensa”, destaca o presidente-executivo da ANJ, o jornalista Marcelo Rech.
A campanha coordenada pela AMI Colômbia foi concebida e desenvolvida pela agência de publicidade espanhola Portavoz. “Queremos alertar a sociedade sobre esse perigo crescente e, ao mesmo tempo, apoiar os jornalistas que, apesar das ameaças, continuam a realizar seu trabalho tão necessário com comprometimento e coragem”, enfatiza Juanma Soriano, diretor criativo da agência.
A iniciativa da UNESCO, por sua vez, está integrada a uma série de eventos pautados pelo tema “O impacto da Inteligência Artificial na Liberdade de Imprensa e na Mídia”. Segundo a organização, a IA está transformando o jornalismo, fornecendo ferramentas que aprimoram o jornalismo investigativo, a criação de conteúdo e a checagem de fatos.
A ABI reafirma seu histórico compromisso com a luta permanente em defesa da liberdade de imprensa e de expressão. Sem uma imprensa livre, não há democracia!
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