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Robert Roberson, condenado pela morte de sua filha de 2 anos sob a acusação de "síndrome do bebê sacudido", fez um novo apelo à Justiça do Texas, nos Estados Unidos. Preso desde 2002, ele foi colocado no corredor da morte e teve sua execução marcada para outubro do ano passado, mas a sentença acabou sendo adiada.

No mais recente pedido de habeas corpus, apresentado em 19 de fevereiro, sua equipe jurídica cita um caso semelhante julgado pelo Tribunal de Apelações Criminais do Texas em outubro de 2024. Na ocasião, a corte questionou a credibilidade das evidências científicas que embasam a teoria da "síndrome do bebê sacudido".

Os advogados de Roberson argumentam que, com o avanço do conhecimento científico, ele não seria considerado culpado de homicídio qualificado. Segundo a defesa, a condenação foi baseada em "evidências não científicas, depoimentos médicos imprecisos e enganosos, além de um julgamento prejudicial".

Roberson foi acusado de matar sua filha, Nikki, de 2 anos, após levá-la ao pronto-socorro. A menina havia caído da cama e apresentava febre alta. No entanto, o comportamento apático do pai, atribuído ao seu transtorno do espectro autista, levou os policiais a suspeitarem dele e concluírem que teria causado a morte.

A defesa sustenta que Nikki faleceu devido a uma pneumonia não diagnosticada e que recebeu medicamentos inadequados para sua idade, o que pode ter agravado seu estado de saúde.

O que é a "síndrome do bebê sacudido"?

A "síndrome do bebê sacudido" é uma lesão cerebral grave causada por movimentos bruscos e violentos em bebês ou crianças pequenas. O impacto faz com que o cérebro se choque contra o crânio, resultando em danos vasculares e teciduais que podem ser fatais.