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Foto: Reprodução |
O tucano é uma espécie de garoto mimado, o dono da bola que se não receber o passe para marcar o gol coloca-a debaixo do braço.
A desfaçatez do governador Eduardo Leite (PSDB) desnuda a imagem política que sempre vendeu à população. Seu governo – tanto este como o anterior – é um descaso, um festival de mentiras. Agora, com a tragédia que se abateu sobre o Rio Grande do Sul, se vê às voltas com uma sucessão de erros pela negligência com que tratou a coisa pública. Leite é uma espécie de garoto mimado, o dono da bola que se não receber o passe para marcar o gol coloca-a debaixo do braço e o jogo acaba. Não admite nem assume os erros que cometeu. Sempre haverá um culpado. Na política, teve uma carreira meteórica.Vereador e prefeito
renunciar ao mandato para disputar a Presidência da República, em 2022. Foi atropelado na convenção por seu então colega paulista, João Dória Jr. Prometeu apoiá-lo, mas recuou e não cumpriu a promessa. O resultado foi a renuncia da candidatura Dória e o fracasso absoluto dos tucanos na disputa. Em sua primeira campanha eleitoral para governador, assegurou que não venderia as empresas estatais, no entanto entregou 7 bilhões de reais de ativos da distribuidora da Companhia Estadual de Energia Elétrica por simbólicos 100 mil reais.Vendeu a Companhia Riograndense de Saneamento com o ágio de 1,15% em relação ao valor mínimo. Assine nossa newsletter Para ele, a natureza é a grande responsável por essas tragédias. Em setembro de 2023, em entrevista à GloboNews afirmou que “os modelos matemáticos não indicavam o volume de água que atingiu o estado” à época e que “ninguém, nem mesmo as previsões mais dramáticas diziam que choveria o que choveu naqueles dias”. Foi desmentido ao vivo pelo jornalista André Trigueiro. Dias depois, em nota oficial, a MetSul Meteorologia confirmou que havia
A culpa é omissão, o descompromisso do estado gaúcho com políticas públicas que atendam os menos favorecidos. Em 2012, o governo federal aprovou um projeto no valor de 226 milhões de reais no Programa de Aceleração do Crescimento, PAC, que nunca foi realizado. Previa a construção de 40 quilômetros de diques e casas de bombas para conter as cheias dos rios Gravataí e Arroio Feijó, além da desapropriação e recuperação urbana-ambiental da área, mas não saíram do papel. De acordo com o professor Fernando Dorneles, do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, regiões que foram totalmente destruídas pelas águas poderiam ter tido ”zero de prejuízo se essas obras tivessem sido realizadas”.
Fonte: Carta Capital